6 de set. de 2013

i just called to say thank you.

uau.
antes de tudo, queria dizer: uau!

obrigada, gente.
pelas visitas, comentários, e-mails e mensagens. não imaginei que meu relato teria tais proporções. recebi muito carinho, até de gente que não conheço, por conta da minha história. sinto um orgulho danado de ter sido capaz de mudá-la :)

deixei de relatar várias coisas pequenas que apareciam naquele esquema de flashes. tipo uma conversa com a pediatra em meio a contrações que eu mal conseguia respirar. esse é um detalhe que dói um pouco em mim.
havia feito um plano de parto e nele tinha posto todas as minhas vontades no pré, durante, pós parto e cuidados com o bebê. como não escolhi um pediatra a dedo (se achar um obstetra disposto a ficar disponível a qualquer hora para um parto já é missão impossível, imagina um pediatra...), escrevi detalhadamente o que não gostaria que fosse feito com meu bebê. mas a plantonista chegou num momento complicado, não lhe entreguei o plano de parto para ser discutido e combinado, sequer falei das minhas vontades. a única coisa que lhe pedi foi contato imediato comigo após o nascimento, só depois iria ao berçário. isso era importante demais pra mim.
eu nunca havia parado pra pensar em como os recém-nascidos são tratados, até ver esse video (que é o parto normal mais cirúrgico que eu já vi na vida).

a brutalidade é surreal, pra quem acabou de chegar ao mundo. pra quem nunca sequer teve a pele tocada. pra quem nunca respirou oxigênio. imagina o desespero, frio, choque e medo que ele sente?

só de pensar em como o autran foi tratado depois que o levaram, me dói. dói mais ainda pensar em como a luana foi tratada quando ela nasceu...
pelo menos eu sei que o cordão do autran só foi cortado quando já tava parando de pulsar.
um choque a menos :)

e paro por aqui, senão serão mais 6 posts só pra falar desse assunto.